Depois dos dois últimos filmes do Exterminador do Futuro, terem sido mais ruim do que bater em mãe. Quando foi anunciado Exterminador do Futuro: Gênesis, como uma especie de remak misturado com viagem temporal, todo mundo imaginou: ''La vem merda!'', Nessa matéria nós defendemos outro veredito: vale a pena, sim, conferir, e pode esperar um respeito fantástico quanto os dois primeiros filmes da franquia.
Conseguindo a proeza de trazer de volta Arnold Schwarzenegger no seu papel de 31 anos atrás, fruto de uma série de viagens de tempo. Provavelmente todo mundo ao sair do filme vai ficar discutindo sobre o que aconteceu, quando aconteceu e por quê. E provavelmente você vai se fazer essas perguntas durante o filme também.
No futuro, em 2029, John Connor lidera uma rebelião contra a Skynet, e a perversa inteligência artificial, acuada, tem um plano B: usar sua última grande arma, um Exterminador (Arnold Schwarzenegger mais jovem) enviado para 1984, para que ele mate Sarah Connor antes de John nascer. Kyle Reese, braço direito de Connor, vai logo depois para este mesmo ano na tentativa de proteger Sarah.
Mas, ao chegar lá, ele encontra uma Sarah totalmente preparada para esta guerra, já que ela foi criada, desde pequena, por outro Exterminador (Arnold Schwarzenegger hoje), que, por sua vez, foi enviado para protegê-la quando pequena de outro Exterminador que tentou matá-la. E isso não é tudo, porque mais viagens no tempo acontecem para o futuro e para o passado no decorrer da trama.
Todas essas viagens geraram novas linhas do tempo e os próprios filmes anteriores da franquia são uma realidade alternativa do que estamos vendo agora. Tudo isso dá um verdadeiro nó na cabeça de quem está assistindo ao filme. E esse infelizmente não é um nó dos bons, do tipo Matrix, em que você pensa: “Esse filme é inteligente demais para mim. Terei que ver de novo até entender”.
tivemos a oportunidade de conferir Exterminador do Futuro: Gênesis em uma das poucas salas de cinema IMAX do Brasil. Se você tem essa ou outras tecnologias inovadoras na sua cidade, como o Extreme Digital Cinema ou o Macro XE, não dispense ver o filme dessa forma: a imersão proporcionada por uma boa qualidade de tela é uma das melhores experiências deste longa-metragem.
Cenas de ação e explosões ocorrem por toda a parte e são bastante empolgantes — e talvez uma das melhores coisas de Gênesis. Esse é um tipo de filme que você vai ver pelo espetáculo, então vale a pena conferir em boa qualidade.
Mas não espere o mesmo comentário quanto aos efeitos 3D. Aqui nos deparamos com mais um caso de filme que pode ser visto em 2D sem se perder nada: certamente, o recurso poderia ter sido melhor explorado.
A união de Schwarzenegger e Exterminador do Futuro não podia dar em outra coisa senão em bordões que imortalizaram o ator e a franquia. Sim, ouvimos o “I’ll be back” de que tanto sentimos falta e ganhamos uma nova frase, mais adequada aos dias atuais do astro: “Velho, mas não obsoleto”. No entanto, a frase foi gasta um pouco demais e perdeu logo, logo o seu efeito cômico.
Uma das melhores coisas tanto em Exterminador do Futuro: Gênesis, quanto em Jurassic World, é a exploração de momentos-chaves passados da franquia. Jurassic World fez isso melhor, mas Gênesis ainda consegue aquecer o coração dos fãs saudosos relembrando cenas, personagens e momentos explosivos dos dois primeiros Exterminadores.
Outra grande vitória do filme foi a representação de Schwarzenegger mais jovem, que aparece com um visual mais próximo ao do primeiro filme. Enquanto você assiste, você sabe que aquilo é alguma “bruxaria” da tecnologia e fica maravilhado com o extremo realismo.
Na verdade, foi usada uma equipe inteira para projetar um Schwarzenegger mais jovem totalmente digital, algo que nunca havia sido feito antes com um ator vivo. Essa equipe trabalhou por 12 meses intensivamente para criar as 35 tomadas de cenas que representam cerca de cinco minutos do filme. Dois responsáveis por este efeito espetacular foram Sheldon Stopsack e Janek Sirrs, que usaram como base outros filmes do ator da década de 1980 e 90, como Um Tira no Jardim de Infância, e um documentário de 1977, O Homem dos Músculos de Aço, para recriar o visual do ator.
Primeiro, foi preciso achar um dublê de corpo para o Arnold de 30 anos atrás e eles encontraram apenas um: Brett Azar, fisiculturista australiano de 27 anos. Depois, foi preciso fazer o rosto digital de Schwarzenegger, tendo cada detalhe reconstruído por uma vasta biblioteca de imagens de Arnold mais jovem. Capturas do rosto atual do astro também foram feitas para dar alguns ajustes. Por fim, foi preciso dar alguns retoques no corpo do dublê, já que o ex-governador da Califórnia tem um físico extremamente único.
Diversão!
Exterminador do Futuro: Gênesis é uma boa diversão que vale a pena ser vista nos cinemas. Uma sequência melhor do que muitas críticas negativas têm levado a crer. O elemento de diversão, com o espetáculo de explosões, cenas de tensão e reviravoltas a todo o momento, deve ser aproveitado — afinal, esse era um dos filmes mais esperados de 2015 e ainda será assunto por um bom tempo. Arnold é Arnold e ele está de volta!
Deixe-se levar pela nostalgia e confira o novo Exterminador do Futuro para ter a sua própria opinião. E depois venha compartilhá-la com a gente nos comentários!
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