As risadas não faltam, ao menos: como o personagem-título, o roteiro de Deadpool atira para todos os lados. Há piadas ruins, infames, engraçadas, de rolar de rir, deboche afiado, deboche infantil — tudo mesmo. Nesse quesito, poucos personagens de quadrinhos tiveram a essência tão preservada em uma adaptação para cinema. Convenhamos, o Deadpool merecia depois do que foi feito com ele em X-Men Origens: Wolverine; aqui Ryan Reynolds está no comando e faz o que vinha prometendo fazer pelo Mercenário Tagarela. E é preciso tirar o chapéu para ele e para a Fox: não venderam gato por lebre, não colocaram um ator famoso que veste o uniforme por cinco minutos de filme e passa a próxima uma hora e meia sem a máscara (Sylvester Stallone fez isso em O Juiz, sua versão equivocada do Juiz Dredd, e o próprio Robert Downey Jr. não consegue manter o capacete fechado como Homem-de-Ferro por muito tempo). Em Deadpool, a maioria das cenas em que Ryan Reynolds mostra a fuça soam naturais, e a máscara é fantástica. Como o diretor me disse ao entrevistá-lo, por telefone, em novembro, a ideia era fazer com que fosse possível notar o rosto e a interpretação de Ryan Reynolds. Pois, de fato, a máscara cumpre um objetivo assombroso: é o rosto do ator ali, sem que ele precise tirá-la.
Em termos de trama, Deadpool não complica: Wade Wilson é um mercenário e assassino de aluguel que descobre ter um câncer, aceita uma proposta meio suspeita de cura através de poderes especiais, ganha os tais poderes e vira um hambúrguer humano, e vai atrás de quem fez isso com ele. Nem o projeto Arma X propriamente dito entra em jogo, ainda que haja a presença de dois X-Men: Colossus (em um CGI ruim de 20 anos atrás) e Míssil Megasônico Adolescente (que merecia muito mais espaço pela caracterização), que caem de paraquedas na história no estilo os-fãs-vão-entender-e-dane-se. A brasileira Morena Baccarin (em cenas quentes que prometem ficar quentíssimas na futura versão do diretor) faz o par romântico, e Gina Carano entra muda e sai calada como Angel Dust.
Ate Hugh Jackman comenta crítica feita por Deadpool sobre filme do Wolverine ser “queda de carreira”.
Hugh Jackman acabou por assistir ao vídeo com a alfinetada e disse ao Yahoo! Movies: “Eu amei! Foi brilhante. Quer dizer, eu amo o Ryan, ele é um ótimo colega. Ele é fantástico”.
Quem sai do tom mesmo é o vilão. É dito que um herói é feito pelo seu antagonista; talvez pelo Deadpool já ser um anti-herói, não faça tanta diferença que o vilão seja apagado, sem graça e mal construído: Ed Skrein como Francis/Ajax é péssimo. Para quem não liga o nome à pessoa, ele foi o substituto de Jason Statham no quarto Carga Explosiva e ator demitido de Game of Thrones (Skrein foi o Daario Naharis da terceira temporada, tendo sido substituído nas subsequentes).
para concluir a critica o fime e muito bom! vale a pena ve na telona.
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