terça-feira, 31 de maio de 2016

Resenha de Clube da luta




Um dos melhores finais de todos os tempos. Fight Club (Clube da Luta) ou simplesmente Projeto Caos, conta a história de um jovem (Edward Norton), que após se tornar um indivíduo consumista, participante de uma sociedade repleta de regras, atinge o limite máximo que sua mente consegue suportar. Tornando-o uma pessoa despedaçada, que sofre física e psicologicamente e que por conta disso, não dorme há seis meses.

"Estamos na primeira fila neste teatro de destruição em massa. O Comitê de Demolição do Projeto de Destruição amarrou as fundações de 12 prédios com explosivos. Em dois minutos, uma cadeia de explosões vai se iniciar, e alguns blocos serão reduzidos a uma pilha de entulho.

Eu sei disso porque o Tyler sabe.

De repente eu me toquei de que tudo isto, a arma, as bombas, a revolução tem tudo a haver com uma garota chamada Marla Singer."

E é ai que a história começa.

"Com insônia, nada é real. Tudo é longe. É tudo cópia de cópia e de cópia."

Para se livrar da insônia e voltar a ter sua vida consumista e "feliz", ele começa a frequentar grupos de ajuda para pessoas com doenças crônicas. E ao se deparar com o sofrimento de outras pessoas, ele começa a sentir um estado de anestesia de seu próprio sofrimento, o que levou a cura-se da insônia. Afinal, temos a tendência de nos sentirmos superiores quando encontramos pessoas com problemas maiores que os nossos. O que faz nos sentirmos fortes e confortados.

Porém, eis que surge Marla Singer (Helena Bonham Carter), uma garota tão destruída quanto ele, e que era um espelho da sua mentira. Ela também não tinha doença alguma, e isso se tornou uma tortura para ele, pois ela passou a ser uma ameaça ao "disfarce" que ele havia criado.

“Eu sou a vida desperdiçada de Jack”

O filme em si, faz uma crítica sobre o sistema capitalista em que vivemos, onde somos avaliados pelo que temos, e não pelo que somos. E é onde o conformismo e consumismo o tornaram alguém despedaçado. Ele se vê manipulado pelo sistema em que vive, porém, o medo de fazer algo diferente o força a procurar dentro de si quem ele tanto queria ser. Eis que então surge Tyler Durden (Brad Pitt), um homem sem medo, sem distrações. Um homem que não se importa em dizer e viver a verdade, que não se apega a riqueza material. Ou seja, tudo que ele queria ser.



Ele, então, passa a ser manipulado por sua mente, onde ele e Tyler entram em uma nova fase de terapia: Lutar, bater, apanhar. Sem nenhuma finalidade, apenas para sentimento de liberdade, expelindo angústias e frustrações Surgindo assim, o "Clube da Luta". Mas ao passar do tempo, o Clube da Luta vai ganhando proporções elevadas, e mais perigosas. Então Tyler torna o Clube da Luta em "Projeto Caos" (ou Projeto Destruição). Onde ele acaba não entendendo a filosofia desse projeto, nem a ideia de Tyler, e se rende aos caprichos do seu "eu".

O filme "Clube da Luta" traz parar o expectador, uma mensagem forte e extraordinária. Fazendo as pessoas se autocriticarem, pesando as conclusões e reflexões impostas pelo filme. Esse é muito mais que um filme, é uma filosofia, uma escola repleta de ensinamentos e reflexões. Onde cada pessoa pode interpretar de uma forma, e aprender mais, cada vez que assiste!

Creio que cada um tem dentro de si, um "eu", um "Tyler", que reflete exatamente o que queríamos, mas por medo, acabamos não sendo. Afinal, não somos o nosso emprego, nem o dinheiro que temos no banco, nem o carro que dirigimos.Muito menos as calças que vestimos; somos da mesma matéria orgânica e podre, como todo mundo.

Só seremos livres de verdade, após perdermos tudo. Pois então não teremos o que perder, e enfim, encontrar-nos-emos livres.

domingo, 8 de maio de 2016

Capitão América: Guerra Civil - Muito trovão para pouca chuva!



Capitão América: Guerra Civil se passa em um momento pós ataque de Ultron, quando o mundo se vê preocupado com as proporções do caos e destruição causados para salvar uma Cidade/País/Planeta. Danos esses, muitas vezes irreversíveis com mortes de pessoas inocentes.

Tony Stark (Robert Downey Jr.), o Homem de Ferro, recebe a proposta de se “redimir” pelos seus atos, se tornando um “subordinado” da ONU e agindo em prol das vontades dos governos que à compõe. Todo e qualquer ato dos Vingadores deve ser ditado pela ONU e somente por ela, sem ações próprias ou secundárias.

Steve Rogers (Chris Evans), o Capitão América, não concorda com os termos apresentados e, por não assinar o acordo, se torna um “fora da lei”.

Começa o conflito entre os heróis. Não tem como ser, o tempo todo.

No meio disso, estão os personagens já conhecidos dos filmes anteriores como Viúva Negra (Scarlett Johansson), Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), Visão (Paul Bettany), Falcão (Anthony Mackie) e Máquina de Combate (Don Cheadle). Junto com outros não-Vingadores, como o estreante Pantera Negra (Chadwick Boseman), Homem-Aranha (Tom Holland), Soldado Invernal (Sebastian Stan) e Homem-Formiga (Paul Rudd).

O filme é intitulado de “Capitão América”, mas posso dizer que se trata de uma história paralela do universo dos Vingadores, pois traz à tona muitos outros personagens fortes e marcantes e cada um com sua história pessoal, todas bem encaixadas no roteiro, fazendo tudo ser bem natural aos espectadores.



Quando assisti ao trailer, tive um misto de sensações.

A primeira foi: “Cadê o resto? ” – E então lembrei do Deadpool, ainda fresco na memória depois do filme recém-lançado, dizendo para mim “Ahhh, foi falta de verba, por isso não contrataram mais heróis para o filme! ”.

E depois foi: “Uaaaaau! OLHA esse Pantera Negra! ”.


Sobre o Homem-Aranha.
Eu sei que muita gente espera assistir o filme só por causa desse personagem. Mas gente, calma! Do mesmo jeito que ele aparece, ele desaparece. O que o torna só mais um coadjuvante na história toda, até porque a briga não é nem dele. Com certeza, ele cumpriu bem seu papel em fazer o publico rir. E só. Não esperem mais que isso do pobre garoto, por enquanto.

Mesmo para quem está iniciando suas aventuras dentro do Universo Marvel, Capitão América: Guerra Civil é um filme que envolve e prende sua atenção pelas 2h30 de filme. Cumpre seu papel de iniciar uma nova história, uma nova fase mais madura, eu diria, traz bons momentos de descontração e recebe bem a chegada dos heróis não tão conhecidos, que vai fazer você querer revê-los o mais breve possível.

O próximo filme que dará continuação à saga está previsto para 2018! Até lá, aconselho a assistir novamente Capitão América: Guerra Civil, afinal, este é um filme rasurável, mas, que ainda assim, pode perder facilmente seu posto de “queridinho das bilheterias” para outros filmes de peso que estão por vir.